Assunção de Nossa Senhora


Hino do Ofício das leituras para o
dia da Assunção de Nossa Senhora



Com uma graça toda sua,
Mais brilhante do que a aurora,
Do que o sol e do que a lua
Sobe ao céu Nossa Senhora.

Do seu trono ofusca o brilho
Ao vir pelo céu afora,
Exaltada pelo Filho,
Que é grande antes da aurora.

Mais que os santos todos brilha,
Mais que os anjos irradia:
Se do Pai sempre foi Filha,
Mãe de Deus tornou-se um dia.

Ela em si O trouxera outrora,
Como sol em treva imerso,
Em Deus Pai contempla-O agora,
A reinar sobre o universo.

Mãe de Deus ao céu erguida,
Seja a esta prece tua:
Deste a Deus a nossa vida,
Nos concede agora a sua.

Louvor seja o Pai e ao Filho
E ao Espírito vitória,
Pois te alçaram deste exílio
Ao pináculo da glória.


“Neste ano, 2010, comemoramos 60º aniversário da definição do dogma da Assunção da Mãe de Deus.”





           A doutrina católica ensina que, após a morte, nossa alma se apresenta ante o Juízo de Deus, enquanto nosso corpo permanece nesta Terra aguardando a ressurreição final, quando voltará a se juntar à nossa alma para ser feliz no céu ou infeliz no inferno, por toda a eternidade. Tal é a lei para o comum dos homens.
           Mas Nossa Senhora recebeu de Deus uma série de privilégios e graças que a fizeram imensamente elevada acima de qualquer um de nós. Ela foi concebida sem pecado original, foi Virgem sempre, mesmo sendo mãe, e gerou o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, unido hipostaticamente à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, portanto é Mãe de Deus. É compreensível, pois, Deus tenha querido estabelecer mais uma gloriosa exceção para sua Santíssima Mãe: em vez de seu corpo ficar num sepulcro, subiu ele aos Céus para receber desde logo o prêmio eterno e ser coroada Rainha do Céu e da Terra.
           Qualquer filho, se pudesse, faria algo muito especial por sua mãe. E como não iria fazê-lo o melhor dos filhos que houve e haverá neste mundo, o próprio Jesus Cristo?
           Assim, em virtude de mais uma predileção de Deus por Aquela que é a obra-prima da Criação, Nossa Senhora já se encontra no Céu com sua alma e seu corpo imaculados.

        Sabiamente o Papa Pio XII em 1º de novembro de 1950 definiu por meio da Constituição dogmática “Munificentissimus Deus” a gloriosa Assunção de Nossa Senhora aos Céus.